LOUCO MOTE
Coberta de noite como a locomotiva
De um trem que me leva sem esforço
Ao reino da deusa matutina
Arfando em uma frenética brassagem
Aqueço a fornalha e a morena ferve
O pistão trabalha firme
A baronesa, apita alto e atiça o maquinista
Como uma sereia, que cantando cega os marujos.
A jornada atravessa a noite, passa ponte, cerca, poste
De manhã café, pão, leite. Revigor
Pois para seguir rumo ao fim da viagem é preciso
Muita, muita força...
Redação: Rodrigo Leal
Dedicado a uma morena que talvez exista ou não, e uma singela homenagem ao grande poeta Manuel Bandeira.
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